A polícia do Rio de Janeiro não ficou calada em meio às críticas que vem recendo pela condução do ‘caso Ryan Lochte'. Uma coletiva foi convocada nesta quinta-feira para explicar o que de fato aconteceu com os nadadores norte-americanos, negar qualquer possibilidade de assalto e também da uma resposta ao advogado Jeffery Ostrow, que havia criticado o ‘circo' montado em cima da situação.
"Aqui ninguém usa sapato de bico fino e nariz de palhaço", disse o chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso.
Tudo aconteceu no final de semana. Ryan Lochte relatou que ele e outros três nadadores norte-americanos teriam sido vítimas de um assalta à mão armada ao saírem de uma festa no Rio de Janeiro. A história, porém, nunca foi bem explicada. E, aos poucos, começou a ser desmentida.
Imagens mostraram os quatro atletas chegando com celulares e credenciais na Vila dos Atletas após o alegado roubo. As suspeitas de que a versão foram aumentando cada vez mais até que dois dos nadadores foram impedidos de deixar o país. E, nesta quinta, imagens da câmera de segurança mostra os nadadores urinando no chão e depredando o local.
"Não houve roubo da forma relatada pelos atletas. Eles não foram vítimas do que narraram. Os atletas pararam num posto e de forma deliberada começaram a quebrar o banheiro de um posto de gasolina. Quebraram alguns itens como espelho e saboneteira. Foram interpelados pelos seguranças do posto, mas ofereceram resistência", explica a polícia.
Neste ponto, há uma nova polêmica. A própria polícia admite que um segurança do local apontou a arma para o nadador que estaria mais exaltado - e esse nadador seria justamente Ryan Lochte.
"Pode ser que tenha havido excesso de apontar a arma, mas pode ser que não. Não há como dizer agora", explica a polícia. "As imagens não mostram qualquer indício de violência física a eles. Não há nada que justifique que eles tenham dito que sofreram ameaças", completa.
Agora, os nadadores podem responder por denunciação caluniosa e também por dano ao patrimônio. Gunnar Bentz e Jack Conger estão no Brasil após serem impedidos de voltar aos Estados Unidos. Ryan Lochte conseguiu voar para casa antes de ser pego. James Feigen ainda não se apresentou, mas já disse que pretende cooperar com as investigações.
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