O desenvolvimento de uma nação depende muito da força das suas lideranças. Ao observamos a história de países como Estados Unidos e Inglaterra, por exemplo, duas grandes potências econômicas e militares, notamos a importância do presidente Abraham Lincoln e do primeiro-ministro Winston Churchill em dois momentos delicados não só para seu próprio povo, mas para o mundo.
Durante a maior crise interna, com a eclosão da guerra civil americana em abril de 1861, Lincoln liderou os Estados Unidos de forma bem-sucedida ao conseguir preservar a unidade do país, abolir a escravidão e modernizar a economia. Além da convicção e do conhecimento que detinha sobre aquilo que defendia, Lincoln foi um habilidoso negociador. Venceu pelo respeito.
Churchill, por sua vez, um estadista visionário e determinado, foi a principal resistência às forças nazistas de Adolf Hitler na Europa. Firmado na sua posição, o então primeiro-ministro britânico simbolizou a luta pela liberdade apelando ao patriotismo. Ele declarou: “Se pudermos resistir, a Europa poderá ser livre e o destino do mundo voltar-se para um futuro mais promissor iluminado ao sol”.
Em ambos os casos, a maior virtude de Lincoln e Churchill foi incutir nos seus concidadãos certo caráter moral e uma disposição para a prática de ações virtuosas, independente do quanto ou o que isso iria custar. Essa é a característica de um legítimo estadista que tem sua nação como principal objetivo. E é exatamente desse perfil de liderança que o Brasil carece hoje.
Embora tenhamos alcançado certo sucesso com o desenvolvimento econômico dos últimos 20 anos, percebe-se no país uma perda considerável dos sentimentos nacionais e morais. No século 18, o filósofo alemão Georg Lichtenberg escreveu: “Quando os que comandam perdem a vergonha, os que obedecem perdem o respeito”. Não estamos falando de poder, mas sim de liderança.
O Brasil tem jeito. A caminhada é longa, os desafios são muitos e intensos, mas temos que lutar. Cada cidadão é responsável por promover a mudança necessária, porém um grande líder precisa surgir. Alguém que pense nas próximas gerações em vez das próximas eleições, que reconquiste o respeito e a admiração do seu povo. É possível, sim.
Guilherme Araújo
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