A história mostra que dentes de ouro costumavam ser vistos como símbolo de poder e status – mas, com a evolução da Odontologia Estética, se tornaram raros. Ainda hoje, porém, artistas como Madonna, Beyoncé e Lana Del Rey aderem ao enfeite bucal, por questões de estilo. Nesses casos foram utilizadas capas de ouro removíveis.
Em consultórios odontológicos tradicionais, no entanto, o tratamento dificilmente é oferecido aos pacientes. O dente de ouro – que é uma prótese dentária, ou seja, reabilita as funções orais de um dente perdido ou extraído – é um material com características aceitáveis para a função odontológica. O ouro é inativo quimicamente e não é afetado pelo ar, calor, umidade e uso de solventes. Portanto, não sofre nenhum tipo de corrosão ou mancha na boca. Por ser maleável, o ouro também pode ser condensado diretamente em cavidades preparadas para receber a prótese.
Segundo Vitor Coró, professor do Instituto Latino Americano de Pesquisa e Ensino Odontológico (ILAPEO), se feitos adequadamente, os tratamentos com dentes ou facetas laminadas (capas) de ouro não oferecem nenhum risco. “Principalmente se for uma faceta de ouro removível, a oclusão (encaixe da mordida) tem que ser bem ajustada. Assim, não afeta a mastigação. O único problema que pode acontecer é o desgaste do dente na hora de aderir o material sintético a ele. O dente é uma estrutura viva que não se restaura”, diz. No caso das capas removíveis, Coró ressalta que deve haver boa higiene quando se retira ou coloca as lâminas.
O professor conta ainda que o tratamento dentário por ligas de ouro foi sendo substituído com o tempo, principalmente por causa do custo. Um dente de ouro custa cerca de R$ 4 mil. O preço das capas removíveis costuma ser de, aproximadamente, R$ 600. No entanto, para nenhum paciente o método é aconselhado. Para quem procura manter a estética do dente, o tratamento com cerâmica é o mais indicado, afirma Coró.
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