Um tribunal argentino sentenciou nesta quinta-feira uma ex-ministra da Economia do governo de Néstor Kirchner a quatro anos de prisão por haver ocultado a origem ilícita de milhares de pesos achados no banheiro de seu gabinete.
Foi a primeira condenação feita contra um funcionário da administração peronista, iniciada por Kirchner quando assumiu o poder em 2003 e que continua com sua viúva, a presidente Cristina Kirchner.
O Tribunal Penal Federal número 2 de Buenos Aires também decidiu que a ex-ministra Felisa Miceli fique incapacitada durante oito anos de exercer cargos públicos. A economista de 60 anos atualmente trabalha como assessora da organização de direitos humanos Madres de Plaza de Mayo.
Miceli renunciou ao cargo no Ministério da Fazenda em meados de julho de 2007 em meio a um escândalo, depois que policiais que faziam uma inspeção rotineira encontraram no banheiro de seu gabinete uma bolsa com 100.000 pesos (32.500 dólares pelo câmbio atual), além de 31.670 dólares.
A ex-funcionária garantiu que o dinheiro era de um empréstimo de uma amiga e um irmão já falecido para a compra de uma casa.
Mas o tribunal disse em sua sentença que os 100.000 pesos tinham uma origem "falsificada" ao vir de uma entidade financeira que está sendo investigada por lavagem de dinheiro. Não ficou claro no julgamento como e por que os fundos chegaram às mãos da ex-ministra.
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