Onze organizações da sociedade civil que defendem as liberdades de imprensa e de expressão se manifestaram nesta quinta-feira (10/11) sobre o aumento de ataques a jornalistas e a meios de comunicação após o segundo turno das eleições. O comunicado pede que as autoridades ajam, de forma imediata, para garantir que jornalistas e comunicadores possam exercer o direito constitucional de trabalhar na cobertura da transição e posse do novo governo.
Mais de 40 equipes jornalísticas foram atacadas na cobertura de atos antidemocráticos. As entidades exigem dos agentes públicos garantias para o trabalho jornalístico na transição e posse do novo governo, e especial atenção nas manifestações que convocam atos ilícitos e que podem se intensificar no feriado da Proclamação da República (15 de novembro), na diplomação do presidente da República eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do vice, Geraldo Alckmin (PSB) (19 de dezembro), e na cerimônia e festa de posse do novo presidente (1º de janeiro).
A iniciativa é fruto de uma articulação promovida por entidades internacionais e nacionais desde abril de 2022, que resultou em outras ações visando à proteção de jornalistas durante as eleições de 2022. O mesmo movimento escreveu uma carta aos presidenciáveis, seus partidos e coligações, em defesa de condições livres e seguras para a atividade jornalística no período eleitoral.