GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

MP recebe inquérito sobre morte de cinegrafista

O delegado Maurício Luciano , da 17ª DP (São Cristóvão), chegou às 16 horas desta quinta-feira à sede do Ministério Público do Rio para entregar à promotora Vera Regina de Almeida o inquérito que apurou a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade, de 49 anos.
O delegado indiciou o tatuador Fábio Raposo e o auxiliar de serviços gerais Caio Silva de Souza, ambos de 22 anos, pelos crimes de explosão e homicídio doloso (com intenção de matar), qualificado por uso de artefato explosivo.
Se condenados, cada um pode pegar até 35 anos de prisão. O delegado também requereu a conversão da prisão temporária por 30 dias de ambos para prisão preventiva, a fim de que os dois permaneçam presos até o julgamento.
Como os indiciados estão presos, a promotora tem prazo de cinco dias para analisar o inquérito e decidir se oferece denúncia à Justiça ou se devolve o inquérito à Polícia Civil requerendo novas diligências.

Médica cubana pede indenização de R$ 149 mil do governo

A médica cubana Ramona Matos Rodriguez ingressou nesta sexta-feira, 14, com uma ação na Justiça reivindicando que o governo federal pague R$ 149 mil de indenização pelo período em que trabalhou no Mais Médicos. Ramona, que abandonou o programa na semana passada e pediu abrigo na liderança do DEM, pede que o valor seja bloqueado das contas da União liminarmente, até que o mérito da causa seja analisado.
A ação foi proposta na Justiça do Pará, Estado onde Ramona prestou serviços por quatro meses. A médica reivindica R$ 69 mil em salários e direitos trabalhistas não pagos e R$ 80 mil como indenização por danos morais. Ramona trabalhava na cidade paraense de Pacajá. Ela afirma ter deixado o Programa Mais Médicos por causa da baixa remuneração, sobretudo quando comparada ao valor que o Ministério da Saúde repassa para médicos que ingressaram no programa por meio de inscrições individuais.
O valor repassado pela pasta é R$ 10 mil. Ela, que foi recrutada por meio do acordo de cooperação com Cuba, recebe o equivalente a US$ 400. O restante dos recursos ficava com governo cubano. A médica foi a primeira cubana a abandonar o Mais Médicos que não retornou para Cuba. Depois que seu caso veio à tona, semana passada, mais quatro casos de deserção foram registrados entre profissionais recrutados em Cuba.

Ex de empresário preso se ajoelha e pede perdão à família do cabo Sidnei do Bope.


A ex-mulher do empresário da construção civil Aníbal João Valente Junior, de 43 anos, preso acusado pelo assassinato do cabo do Batalhão de Operações Especiais Sidnei Dias Simão, se ajoelhou e tentou pedir perdão à família do policial. 

Ela compareceu nesta sexta-feira, 14, na Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense e disse ao irmão da vítima que “só pensou no policial quando soube do crime”. Na ocasião, Sidnei, que fazia a segurança do coordenador do grupo AfroReggae, José Júnior, estava de folga .

"Assim que soube do fato, pensei no seu irmão, nem no meu ex-marido eu pensei. Ele não é marginal, ele é trabalhador, pai de família e ele não fugiu"disse a mulher, que não quis se identificar.

O irmão do PM aceitou o pedido de desculpas e disse que só o fazia “porque a família é evangélica”. Mas afirmou à mulher que Aníbal tem que pagar pelo que fez. "Você tem o meu perdão. Mas isso não pode ficar impune. Meu irmão tinha orgulho de ser policial e de ser do Bope. O sofrimento é enorme. Não como nem durmo há cinco dias."

Mais de uma semana após troca, Pato assina e finalmente é do São Paulo Alexandre Pato é do São Paulo...

Mais de uma semana após troca, Pato assina e finalmente é do São Paulo

Alexandre Pato é do São Paulo. Pouco mais de uma semana depois de surgir a notícia de que o atacante iria para o time tricolor, enquanto Jadson reforçaria o Corinthians, o clube do Morumbi anunciou, nesta sexta-feira, o acordo com o jogador por empréstimo até dezembro de 2015. A apresentação do novo reforço ainda não tem data definida.
Pato já havia realizado exames e treina com os novos companheiros desde a última terça-feira. Entretanto, detalhes separavam o acerto com o São Paulo. Na última quinta - quando marcou um belo gol de letra no treino -, o departamento jurídico do clube do Morumbi revisou todos os termos do contrato. Após a verificação, os papeis foram repassados para departamento de futebol, que chamou o atacante para finalmente assinar.
O acordo entre os clubes diz que Pato não poderá jogar contra a equipe alvinegra durante toda sua passagem, ao menos que o time tricolor pague uma multa, enquanto Jadson só não poderá enfrentar o São Paulo em 2014. Na próxima temporada, ele está livre para atuar contra a ex-equipe.
A estreia de Pato, entretanto ainda deve demorar. O atacante já fez cinco partidas pelo Corinthians no Paulista (o limite é de três jogos) e não pode mais atuar na competição. Desta forma, o jogador deve vestir pela primeira vez a camisa do São Paulo na Copa do Brasil. O time tricolor joga a 1ª fase contra o CSA, fora de casa, no dia 12 de março.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Vanessa Andrade, filha do cinegrafista Santiago Andrade, morto no protesto "pacífico" contra aumento das passagens de ônibus, escreve uma carta emocionante, em homenagem a seu pai:


Meu nome é Vanessa Andrade, tenho 29 anos e acabo de perder meu pai.
Quando decidi ser jornalista, aos 16, ele quase caiu duro. Disse que era profissão ingrata, salário baixo e muita ralação. Mas eu expliquei: vou usar seu sobrenome. Ele riu e disse: então pode!
Quando fiz minha primeira tatuagem, aos 15, achei que ele ia surtar. Mas ele olhou e disse: caramba, filha. Quero fazer também. E me deu de presente meu nome no antebraço.
Quando casei, ele ficou tão bêbado, que na hora de eu me despedir pra seguir em lua de mel, ele vomitava e me abraçava ao mesmo tempo.
Me ensinou muitos valores. A gente que vem de família humilde precisa provar duas vezes a que veio. Me deixou a vida toda em escola pública porque preferiu trabalhar mais para me pagar a faculdade. Ali o sonho dele se realizava. E o meu começava.
Esta noite eu passei no hospital me despedindo. Só eu e ele. Deitada em seu ombro, tivemos tempo de conversar sobre muitos assuntos, pedi perdão pelas minhas falhas e prometi seguir de cabeça erguida e cuidar da minha mãe e meus avós. Ele estava quentinho e sereno. Éramos só nós dois, pai e filha, na despedida mais linda que eu poderia ter. E ele também se despediu.
Sei que ele está bem. Claro que está. E eu sou a continuação da vida dele. Um dia meus futuros filhos saberão quem foi Santiago Andrade, o avô deles. Mas eu, somente eu, saberei o orgulho de ter o nome dele na minha identidade.
Obrigada, meu Deus. Porque tive a chance de amar e ser amada. Tive todas as alegrias e tristezas de pai e filha. Eu tive um pai. E ele teve uma filha.
Obrigada a todos. Ele também agradece.



Sininho é chamada de 'patricinha hipócrita' ao deixar delegacia



A ativista Elisa de Quadros Pinto Sanzi, de 28 anos, conhecida como Sininho, foi hostilizada na saída da 17ª DP (São Cristóvão), onde havia prestado depoimento sobre a morte do cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes. Depois de deixar a DP, por volta de 16h30m, dois passageiros de um ônibus gritaram, dizendo que ela não poderia entrar no coletivo e que era uma “patricinha hipócrita”. Também ironizaram a inscrição “favela” em sua blusa.



Sininho disse que não conhece Caio Silva de Souza. No domingo, ela tinha estado na delegacia para prestar solidariedade a Fábio Raposo. Nesta terça-feira, ele compareceu à delegacia para esclarecer a informação de que teria oferecido assistência jurídica ao tatuador. Esse serviço seria prestado por advogados do deputado Marcelo Freixo (PSOL), que negou qualquer tipo de ajuda. O depoimento durou cerca de uma hora e meia.
Segundo o advogado de Fábio, Jonas Tadeu Nunes, Elisa teria dito ainda que o parlamentar conheceria os dois acusados da morte do cinegrafista morto — o que Freixo também negou. Ao sair da delegacia, a ativista disse apenas que sua relação com o deputado já foi esclarecida.
Ativista chamou PM de 'macaco'
Sininho acumula fichas na polícia desde o início das manifestações, em junho do ano passado. A última delas aconteceu em 19 de janeiro, quando foi levada à 5ª DP (Mem de Sá) sob acusação de ter chamado de “macaco” um policial militar durante discussão na Lapa. Antes desse episódio, onde acabou indiciada por desacato e foi liberada, Sininho já havia sido presa outras duas vezes por formação de quadrilha.
A ativista é natural de Porto Alegre e afirmou, ao ser presa em 2013, que não trabalhava. Mesmo assim tem dois endereços no Rio: um em Copacabana e outro no Rio Comprido. A Polícia Civil também descobriu que a ativista possui duas carteiras de identidade, com números diferentes.
O cinegrafista Santiago Andrade, de 49 anos, teve morte cerebral anunciada nesta segunda-feira. Ele foi atingido na última quinta-feira por um rojão lançado por manifestantes durante um protesto no Centro. Foi o primeiro caso de morte entre jornalistas atacados durante os protestos que, desde junho de 2013, acontecem no Rio e em outras cidades do país.

A fadinha dos black blocs – “Sininho”, 28, não trabalha, tem dois endereços no Rio — um em Copacabana —, dois RGs, já chamou policial de “macaco” e foi presa duas vezes, acusada de formação de quadrilha

“Sininho”, como vocês sabem, é o apelido, assim, chuca-chuca, “tinker bell”, de uma mulher de 28 anos chamadas Elisa de Quadros Pinto Sanzi (acima, em foto de Guilherme Araújo, do Blog do Guilherme Araújo). É aquela jovem sem ocupação conhecida — parece não precisar de emprego… — que se oferece, assim, para ser uma espécie de porta-voz, melhor amiga e relações-púbicas dos black blocs. A nossa imprensa a chama de “ativista” — o contrário, creio, deve ser “passivista”. Os pobres do Rio não simpatizam com ela, mas ela quer falar em nome deles. Ontem, tentou pegar um ônibus, mas os passageiros não permitiram a entrada da “patricinha hipócrita” (leia post na home), embora ela ostentasse a palavra “favela” na camiseta.
Sininho acumula fichas na polícia desde o início das manifestações, em junho do ano passado. A última delas aconteceu em 19 de janeiro, quando foi levada à 5ª DP (Mem de Sá) sob acusação de ter chamado de “macaco” um policial militar durante discussão na Lapa. Antes desse episódio, onde acabou indiciada por desacato e foi liberada, Sininho já havia sido presa outras duas vezes por formação de quadrilha.
A ativista é natural de Porto Alegre e afirmou, ao ser presa em 2013, que não trabalhava. Mesmo assim tem dois endereços no Rio: um em Copacabana e outro no Rio Comprido. A Polícia Civil também descobriu que a ativista possui duas carteiras de identidade, com números diferentes.
O cinegrafista Santiago Andrade, de 49 anos, teve morte cerebral anunciada nesta segunda-feira. Ele foi atingido na última quinta-feira por um rojão lançado por manifestantes durante um protesto no Centro. Foi o primeiro caso de morte entre jornalistas atacados durante os protestos que, desde junho de 2013, acontecem no Rio e em outras cidades do país.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

De que lado estava a Globo nos comícios do Diretas Já e no terrorismo dos Black-Blocs?

A Rede Globo, que hoje dá todo espaço para as violência dos Black-Blocs, proibiu a cobertura do Diretas Já. É como se a emissora estivesse dando a entender ao telespectador que o recurso à violência é legítimo
Neste ano, precisamente no dia 15 de junho, completam-se 30 anos do primeiro comício pelas Diretas Já. Foi aqui em Goiânia. Adolescente, 16 anos, recém-chegado do interior e estava lá. Eu e milhares de outros jovens. Sem máscaras. Sem violência, mas com muita esperança de mudar o país.
De Brasília, o ditador de plantão, João Baptista Figueiredo, impunha dura censura ao tema. Os arapongas do SNI (Serviço Nacional de Inteligência) sob comando do general Newton Cruz, filmavam e fotografavam tudo. Naqueles dias, falar de Eleições Diretas Para Presidente era proibido. Figueiredo insistia na tese da abertura lenta e gradual. Ou seja, “democracia” sem povo.
Relembrar os 30 anos do movimento Diretas Já é importante sob vários aspectos, principalmente porque foram atos em que todos foram DE CARA LIMPA, SEM MÁSCARAS. Foi um momento de efervescência da democracia, onde a juventude se empenhou na reconstrução das entidades populares. É deste período a retomada dos sindicatos, da construção da CUT (Central Única dos Trabalhadores). No meio estudantil, a volta dos Grêmios, da UMES (União Municipal dos Estudantes Secundaristas), UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), UNES e outras entidades.
Os jovens da minha geração foram vitoriosos SEM APELAR PARA VIOLÊNCIA. Fomos aos milhões para as ruas de todo país conquistar o direito de votar para presidente. E mais: a eleição de um Congresso Nacional Constituinte que legou ao país uma Constituição moderna, democrática e pluralista.
É forçoso lembrar também, quem estava do lado de quem naqueles dias. A Rede Globo, que hoje dá todo espaço para as violência dos Black-Blocks, proibiu a cobertura do Diretas Já, como confessa o poderoso ex-vice-presidente das Organizações, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni.
Em entrevista ao jornalista Roberto Dávila, Boni conta que Roberto Marinho, fundador da emissora, determinou a censura ao primeiro grande comício da campanha pelas Diretas-Já em janeiro de 1984, em São Paulo.
Segundo Boni, àquela altura "o doutor Roberto não queria que se falasse em Diretas-Já" e decidiu que o evento da Praça da Sé fosse transmitido "sem nenhuma participação de nenhum dos discursantes" -"quer dizer, a palavra, o que se dizia, o conteúdo estava censurado".

Nesta semana, Fábio Raposo Barbosa, 22 anos, estudante de contabilidade e tatuador, foi indiciado pela polícia do Rio como coautor pelo crime de tentativa de homicídio ao cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes. Ele se apresentou depois de ter sido identificado num vídeo que registra o momento em que ele passa a um outro rapaz o morteiro que acabou atingindo Santiago — que agora jaz morto, após dias em coma no hospital Souza Aguiar.
Até a confissão e indiciamento do black-block, a reportagem da Rede Globo e de outros veículos da mídia conservadora insistiam na tese de que o cinegrafista havia sido alvejado por bombas da Polícia Militar.
Nas coberturas anteriores, a Globo deu ampla divulgação aos quebras-quebras e ao movimento NÃO VAI TER COPA. Era como se a emissora estivesse dando a entender ao telespectador que o recurso à violência é legítimo e que manifestantes com máscaras fosse coisa normal na democracia. Não. Não é. Quem quer mudança, faz as coisas às claras, sem máscaras ou subterfúgios.
O movimento black-block está contaminado. Seus atos de violência atentam contra a democracia. O que fazem não são manifestações, mas atos de terrorismo. Não há uma pauta clara que vise melhorias para o país. O que se vê é a tentativa de sabotar um governo legitimamente eleito pelo povo. Querem parar o Brasil. Quem ganha com isto? O povo? Claro que não. Pergunte a qualquer trabalhador se ele é à favor da Copa. Que povo ou país em sã consciência rejeitaria receber um evento, que pelos cálculos feitos pela Fundação Getúlio Vargas, em parceria com a Ernest & Young, deve injetar R$ 142 bilhões na economia brasileira?
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Povo nas ruas é uma coisa. Movimentos armados e promovendo a violência, outra. Há 30 anos trás, ninguém portava paus, pedras ou rojões na Praça Cívica, em Goiânia, na Candelária no Rio ou na Praça da Sé em São Paulo. As mobilizações eram feitas com festa, alegria, presença de artistas, cantores e lideranças políticas das mais diversas matizes partidárias. Era um movimento plural, democrático e por isto foi sucesso.

É preciso renegar com todas as forças a violência black-block. Governo e entidades da sociedade civil como a OAB, Fenaj, ABI, dentre outras, devem trata-los como são: terroristas. Toda rede de apoio a estes neofacistas deve ser denunciada, e seus líderes enquadrados nas leis que tratam de terrorismo e perturbação da democracia. O mesmo deve valer para as emissoras, que como concessionárias de serviço público cedido pela União, devem ser responsabilizadas por promover movimentos que atentem contra o Estado de Direito.
Há 30 anos atrás os jovens foram às ruas e derrotaram os generais e a Globo. É hora da democracia derrotar aqueles que querem o retrocesso.

Rapaz é descrito como uma pessoa simpática e trabalhadora Funcionário da empresa Hope, que terceiriza serviços, o auxiliar trabalhava como porteiro no hospital desde 24 de julho

Uma pessoa calma, simpática, trabalhadora e de boa índole. Assim Caio Silva de Souza, de 23 anos, foi descrito por pessoas que trabalham perto do Hospital Estadual Rocha Faria, em Campo Grande, zona oeste do Rio. Funcionário da empresa Hope, que terceiriza serviços, o auxiliar de serviços de limpeza e conservação de áreas públicas trabalhava como porteiro no hospital desde 24 de julho de 2013.
Os funcionários do hospital e da Hope confirmaram que Souza trabalhava das 7 às 19 horas, em dias alternados. Nessa terça-feira, 11, a divulgação das fotos de Souza foi uma surpresa para todos. O único assunto nos corredores do hospital e nas poucas lojas da Rua Augusto de Vasconcelos era a prisão do colega de trabalho por disparar o rojão que causou a morte do cinegrafista Santiago Andrade.
Uma funcionária da farmácia em frente ao hospital afirmou que, apesar do pouco contato, Souza sempre foi muito educado com todos. Todos sabiam que ele ia para os protestos, mas não tinham ideia do que ele fazia. Ela chegou a ser chamada para ir na manifestação de quinta-feira, 6, mas rejeitou.
"Apesar de tudo acho que foi uma fatalidade. Ele não tinha a intenção de acertar ninguém, muito menos de matar uma pessoa", disse a mulher. Ela afirmou que ele era muito prestativo e ajudava as pessoas. "Sempre que podia, ele dava pão para os moradores de rua que ficam aqui perto do hospital."
Um "flanelinha" contou que Souza era uma pessoa discreta, que cumprimentava a todos. "Ele sempre me cumprimentou e nunca fez nada de mal para ninguém aqui."

O bom policial tem que ser defendido e elogiado...


 Mas o policial que abusa do poder para agir causa própria, este merece toda a punição cabíveis nos trâmites legais. Esta mesma regra serve para os políticos que gostam de extorquir empresários e vivem dando uma de homem de bem... Meus parabéns aos bons e guerreiros policiais que ainda estão em Caraguá segurando esta barra.

Advogado afirma que jovens pobres recebem R$ 150 por manifestação Jonas Tadeu Nunes não especificou quem faz os pagamentos, mas acusou partidos políticos de envolvimento

O advogado Jonas Tadeu Nunes, que defende Caio Silva de Souza e Fábio Raposo, ambos indiciados pela morte do cinegrafista Santiago Andrade, disse, em entrevista à Globonews, que jovens de famílias pobres, como Caio, vêm recebendo R$ 150 para participar de cada uma das manifestações no centro da cidade. Ele não especificou quem faz os pagamentos, mas acusou partidos políticos de envolvimento.
Segundo Nunes, Souza não estava foragido e se apresentou à polícia - ele foi preso na Bahia, na madrugada desta quarta-feira, 12. Mais cedo, ele o classificou como um rapaz "idealista", porém "manipulado". "Esse menino foi convocado, aliciado para participar de manifestações. Esses jovens são remunerados para isso. Não estou eximindo ele de responsabilidade, mas esses jovens são municiados."
Prisão. Caio foi detido por volta das 3 horas desta quarta-feira, 12, em um hotel na cidade baiana de Feira de Santana (a 100 km de Salvador). Em entrevista rápida à TV Globo, ainda na delegacia de polícia na Bahia, Caio disse, em voz baixa, que acendeu o rojão que atingiu e matou o cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes."Acendi sim", balbuciou ele em resposta à pergunta da jornalista. Andrade foi atingido durante um protesto contra a alta da tarifa de ônibus, no Rio, no dia 6.
Ele foi levado ao Rio em um voo convencional e chegou ao Aeroporto Internacional do Rio, às 8h40. Caio foi levado para a Cidade da Polícia, na zona norte, onde o delegado da 17.ª DP, Maurício Luciano de Almeida, responsável pela prisão na Bahia, concedeu entrevista coletiva.

Dirceu lança site para recolher doações e pagar multa

Apoiadores do ex-ministro petista José Dirceu lançaram nesta quarta-feira, 12, site para ajudá-lo a pagar a multa imposta pelo Supremo Tribunal Federal, no valor de R$ 971.128,92, no processo do mensalão. O site registrava R$ 00,00 de arrecadação até as 16h40 desta quarta-feira. O valor arrecadado será atualizado constantemente na página.
"É chegada a hora de reparar injustiças e mostrar que a solidariedade é capaz de mudar a história. A ajuda para pagar a multa quase milionária imposta pelo Supremo é um protesto coletivo contra as arbitrariedades e violações do julgamento da AP 470. A contribuição de cada um representa muito mais do que um gesto financeiro. Representa antes de tudo um gesto humano e político", diz o site Apoio Zé Dirceu.

'Falta liderança política em São Paulo', diz Padilha Após receber críticas de empresários do agronegócio, possível candidato ao governo paulista defendeu o setor da cana de açúcar e citou o ex-governador Mário Covas, referência dentro do PSDB

Pirassununga e Sertãozinho - Depois de ouvir críticas de empresários do agronegócio na abertura de sua caravana pelo interior, o ex-ministro Alexandre Padilha, pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, começou a semana atacando a falta de liderança política no Estado para defender o setor da cana de açúcar, com citações ao governador Mário Covas (morto em 2001), referência histórica dentro do PSDB. Sem citar o nome do governador Geraldo Alckmin, ele acusou seu governo de tratar com desrespeito os prefeitos.
"Falta no Estado de São Paulo liderança política que assuma isso como um tema fundamental, que vá defender o etanol em Brasília, na ONU, na FAO, no mundo interior, por causa da importância que esse setor econômico tem para o Estado", atacou Padilha, em almoço com lideranças políticas do PT, em Pirassununga.
"Fui ministro do governo Lula e em cada votação do petróleo eu vi o governador do Rio lá, em cada votação de minério eu vi o governador de Minas Gerais lá, vi o governador de Alagoas discutindo a dívida da cana lá", afirmou.
Horas antes, em evento em Sertãozinho, na região de Ribeirão Preto, com empresários da indústria de base do setor sucroalcooleiro, Padilha citou o nome de Covas. "O ex-governador Mário Covas sempre falava que, se tem um problema, você tem de enfrentar, combater e vencer. O governo do Estado de São Paulo precisa disso."
Segundo ele, o setor da cana vive uma crise, depois de "um grande crescimento no governo (federal) do PT", que precisa ser enfrentada.
"O setor da cana de açúcar sabe que foi no governo do PT, do presidente Lula, que aumentamos três vezes o financiamento do BNDES para esse setor. Que batemos um recorde de moagem de cana em 2013."
Em clima de campanha, Padilha misturou partido e governo, atendeu pedidos para encaminhar no Ministério da Saúde, que deixou há uma semana, e falou como candidato. "Essa caravana está criando um clima para que o PT governe o Estado de São Paulo", disse.
Questionado se os ataques eram dirigidos a Alckmin, o ex-ministro voltou a dizer que não faz críticas individuais. Mas em seu discurso, disparou contra o governador do Estado, que segundo ele, desrespeita prefeitos.
"É para mudar essa relação de desrespeito em relação a prefeitos que nos decidimos mostrar esse gesto, que a caravana conversa com cada município, cada força política, independente de partido", afirmou.
"Até com prefeito do PSDB eu conversei", em referência ao prefeito de Barretos, Guilherme Ávila.
Em Pirassununga, onde visitou a Santa Casa da cidade, Padilha recebeu da prefeita Cristina Aparecida (PDT) um envelope com pedido para cadastramento do setor de ressonância da unidade no SUS. O envelope foi recebido com promessas de ser encaminhado dentro do ministério ao responsável.

PT vai ganhar a eleição em São Paulo, diz Padilha

O ex-ministro da Saúde e possível candidato ao governo de São Paulo nas eleições deste ano, Alexandre Padilha, usou seu discurso no ato de comemoração dos 34 anos do PT em São Paulo para reiterar críticas à gestão dos tucanos no Estado de São Paulo e prometer à presidente Dilma Rousseff que o partido irá ganhar a corrida ao Palácio dos Bandeirantes neste ano. "O PT, presidenta Dilma, vai ganhar a eleição em São Paulo", afirmou, sob os aplausos da militância, que ovacionou o ex-ministro. "Vai ganhar para trazer a era republicana para a relação do Palácio dos Bandeirantes com os 645 municípios do Estado", completou. Ele aproveitou para reforçar a candidatura da presidente Dilma à reeleição: "Também no Brasil vamos reeleger nossa querida presidenta Dilma Rousseff".
Padilha, que iniciou neste final de semana a caravana Horizontes Paulista, organizada pelo PT-SP, afirmou que o partido "o convocou para ouvir as pessoas de todas as regiões do Estado" e saber quais problemas estão atrapalhando São Paulo e como o Estado precisa "ganhar velocidade no seu crescimento, aumentar o cuidado na saúde e ter coragem no combate ao crime no Estado de São Paulo". "São Paulo é um gigante, não cabe em São Paulo ter um governo lento, sem coragem, acomodado", disse Padilha, em crítica ao governo do PSDB. "Depois de 20 anos os tucanos de São Paulo estão com a pilha fraca. E procuram, procuram, mas não encontram mais o carregador. Do nosso lado estou vendo uma militância animada do PT", afirmou Padilha.
Ele criticou a educação no Estado, dizendo que a escola estadual "ainda não chegou no século XXI", apesar de o PSDB governar São Paulo "desde o século passado". "É para que todo jovem paulista tenha a oportunidade que eu tive de me formar em uma USP ou Unicamp que o PT vai governar o Estado de São Paulo e priorizar educação, educação e educação", repetiu.
Ele criticou também o Metrô da cidade de São Paulo e disse que o PSDB tem que "deixar às claras por que com eles o Metrô está tão lento". "Agora o metrô só chegará a Guarulhos porque tem dedo do governo federal", ressaltou. "É para isso e muito mais que o PT a partir de 2015 irá governar do Estado mais rico da federação", disse Padilha, contando que "daqui a pouco" voltaria para a estrada. "É disso que nosso Estado precisa, de gente que enfrenta os problemas", afirmou Padilha, que completou: "Saibam que vocês verão as três forças: a dedicação à democracia, nosso compromisso com o PT e nossa paixão pelo Estado de São Paulo".
História
Padilha aproveitou para narrar momentos de sua história pessoal e relacioná-los com a história do partido e do País. "Quando o PT foi fundado, há 34 anos atrás, eu tinha apenas oito anos. Fazia poucos meses que eu tinha finalmente passado a poder abraçar o meu pai, que foi perseguido e procurado por combater a ditadura no Brasil", contou. "É um absurdo usar a força para tentar impor a opinião de uma visão de mundo para qualquer outro. Foi para isso que o PT surgiu, para dar voz a quem não podia ser ouvido nesse País", disse Padilha, aplaudido.
"Falem o que quiserem do PT, mas ninguém poderá alegar que a nossa democracia não seria o que é se não tivesse surgido o PT no Brasil. Se hoje, aos 42 anos de idade, estou aqui falando com vocês, devo essa oportunidade a três forças que tem capacidade de mover o mundo, a democracia, ao PT e a São Paulo." O ex-ministro fez questão ainda de falar que se formou na Unicamp e realizou especialização na Universidade de São Paulo e que dirigiu um núcleo avançado da Amazônia. Além disso, relembrou sua atuação no governo Lula e no governo Dilma.

Skaf abre 60 escolas em projeto de R$ 1 bi

Provável candidato do PMDB ao governo paulista, o empresário Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), vem investindo pesado na construção de escolas como estratégia para alavancar sua candidatura nos grotões do Estado. O projeto encabeçado por ele já gastou quase R$ 1 bilhão em novas unidades educacionais. Só em 2013, o peemedebista inaugurou pessoalmente 26 escolas integrantes do Projeto Educacional Sesi-Senai - entidades também dirigidas por ele. E vem mais pela frente.
Em média, foram investidos R$ 15 milhões em cada uma delas. O programa foi concebido em 2007, quando Skaf assumiu o comando da Fiesp. As primeiras escolas ficaram prontas em 2009, um ano antes de o dirigente disputar o governo paulista pela primeira vez - em 2010, ele concorreu pelo PSB e recebeu pouco mais de 1 milhão de votos, terminando a disputa em quarto lugar. Ao todo, foram inauguradas 60 escolas nos últimos cinco anos. O custo da empreitada até agora foi de R$ 900 milhões.
O programa também instituiu o ensino médio e em tempo integral, feito que será tratado como mote de campanha na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes. Em outra frente, Skaf inaugurou 12 faculdades.
A maratona de inaugurações será intensa até junho, quando o presidente da Fiesp se licenciará do cargo para disputar a eleição e passará o bastão para o aliado Benjamin Steinbruch.
Grotões. Enquanto Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde e provável candidato do PT em São Paulo, preparava uma caravana com Lula pelo interior do Estado, e o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que disputará a reeleição, rodava o interior inaugurando obras, Skaf retomou na semana passada sua agenda de inaugurações.
Ele já esteve em Arujá, Guarulhos, Itapira, Mogi das Cruzes, Igaraçu do Tietê, Jaú e Bariri. Como boa parte das obras é feita em parceria com os prefeitos, que doam os terrenos, o programa educacional ajudou o empresário a construir uma rede de aliados de diversos partidos no mapa paulista.
No último dia 4, por exemplo, Skaf recebeu na Fiesp o prefeito de Atibaia, Saulo Pedroso, do PSD, partido do também pré-candidato Gilberto Kassab. Na ocasião, foi assinado um convênio pelo qual a prefeitura fez a doação de um terreno ao Serviço Social da Indústria de São Paulo (Sesi-SP) para a construção de um espaço cultural, o Estação Sesi-SP Cultura.
Horário nobre. As inaugurações e atividades da pré-campanha de Skaf se somam ao polêmico investimento que a Fiesp vem fazendo em propaganda na TV. O empresário foi alvo de uma representação aberta pelo PSDB no Ministério Público Eleitoral sob a acusação de ostentar "evidente tom de propaganda eleitoral" nas campanhas que protagonizou.
Só em 2013, a entidade gastou R$ 32 milhões em publicidade institucional. O mesmo valor deve ser gasto em 2014.
Apesar de ter dito que iria reduzir sua participação nos comerciais para "apenas" 10% das inserções este ano, o presidente da Fiesp continua aparecendo em quase todas as peças publicitários no rádio e na TV.
As aparições constantes têm garantido a Skaf até agora o posto de principal adversário de Alckmin na disputa estadual. No levantamento mais recente do Instituto Datafolha, divulgado em dezembro, Skaf apareceu com 19% das intenções de voto, atrás somente do governador Alckmin, com 43%.
Punição. No entanto, a estratégia do pré-candidato do PMDB sofreu um revés recentemente. A Justiça Eleitoral de São Paulo decidiu que o partido não terá direito a inserções de propaganda eleitoral na televisão no primeiro semestre em São Paulo. A legenda foi punida por ter divulgado em 2010 dois filiados, candidatos a deputados, durante a propaganda exclusiva para difundir o programa partidário.