GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

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Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

A Linha Tênue entre Relacionamento e Aprisionamento


  • A Linha Tênue   entre Relacionamento e Aprisionamento


  • Qual tipo de relacionamento você busca para você? Nenhuma relação amorosa é igual a outra e, afinal das contas, quem dita as regras do relacionamento é o próprio casal. Então faço esse questionamento porque tenho observado ao meu redor que, de uma maneira geral, há dois tipos de parcerias: as que libertam e as que aprisionam.
    Acredito que namoros ou qualquer tipo de relacionamento que seja, só funciona quando nos acrescentam algo, nos fazem crescer. O relacionamento é uma chance em conjunto de buscar felicidade e prazer todos os dias. E para isso é necessário altruísmo, é preciso que você pense no outro, que se coloque no lugar dele para antever reações e saber qual é a melhor maneira de lidar com determinadas situações. Mas estar em um relacionamento nada tem a ver com abdicar de sua liberdade individual.
    Já convivi com casais que, por morarem em cidades diferentes, não permitiam que um saísse sem o outro. Ou que viviam aqueles casos de ciúme incontrolável em que olhar para o lado era motivo de briga. Também acompanhei o típico casal perfeito que se acha tão perfeito que acaba fechando-se no seu próprio mundinho. Um fala pelo outro, um vive pelo outro, o “nós” substitui o “eu” nessa simbiose louca que não sente a necessidade de mais ninguém para a vida fazer sentido.

    Para viver esse tipo de relação eu declaro que não quero mais ter um namorado. Não quero ter que abdicar de mim mesma para estar em um relacionamento. Eu quero um cúmplice. Alguém que divida comigo o meu lençol e as minhas loucuras. Alguém que não vai olhar feio quando eu pedir outra dose, mas vai encher meu copo. Alguém que entenda que eu preciso ficar sozinha às vezes, mas que me escute quando eu pedir ajuda. Alguém que compreenda que eu preciso conversar com outras pessoas, que eu quero sair sozinha (seja com amigos ou amigas) e que sim: eu vou sentir tesão por outro cara, mas isso não significa que eu não te ame mais (da mesma forma como eu vou entender quando você virar o pescoço para aquela gostosa que atravessar a rua).
    Amar não é somar qualidades. Amar é subtrair defeitos e não liberdades. É mostrar sua parte mais suja, mais obscura, mais subversiva e ser aceita por isso (e não apesar disso). Amar é sentir-se segura o suficiente para viver e deixar viver. Amar é acima de tudo confiar.
    Apropriando-me das palavras de John Lennon: “Amo a liberdade, por isso deixo as coisas que amo livres. Se elas voltarem é porque as conquistei. Se não voltarem é porque nunca as possuí”. Eu quero um relacionamento em que a confiança seja a força motriz.

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