GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

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Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Total de informação armazenada pela humanidade formaria pilha de CDs até depois da Lua

O mundo vive a era da informação e uma única edição de um dia de semana comum do jornal americano “The New York Times” tem mais conteúdo do que um inglês médio teria acesso em toda sua vida no início do século XVII. Essa afirmação já foi muito repetida, mas até agora ainda não existiam estimativas de quanta informação a Humanidade acumula atualmente.
Os pesquisadores da Universidade da Califórnia Martin Hilbert e Priscila López partiram atrás de uma resposta, e o número a que chegaram é gigantesco: se fosse armazenado de forma otimizada, o volume de informação em todo mundo nos mais diversos suportes analógicos e digitais ocuparia o equivalente a 295 trilhões de megabytes, ou 295 exabytes.
Caso fosse toda gravada em CD-Roms de 730 megabytes cada, essa quantidade de dados formaria um pilha que iria da Terra para além da órbita da Lua, num total de 404 bilhões de discos com 1,2 milímetros de espessura cada, afirmam em artigo publicado na edição desta semana da revista “Science”.
Segundo os pesquisadores, a evolução no acúmulo de informação é uma prova de como a revolução digital mudou a vida e a cultura no planeta. Em 1986, cada ser humano tinha o equivalente a 539 megabytes (menos de um CD-Rom) de informação armazenada. O número de discos pulou para cerca de quatro em 1993, 12 no ano 2000 e 61 em 2007.
As formas de armazenamento também mudaram muito no período. Em 1986, as fitas de videocassete eram as que acumulavam mais bytes guardados (54%) e os discos de vinil respondiam por uma parcela significativa da informação armazenada (14%), seguidos por cassetes de áudio (12%) e fotografias impressas (8%). Em 2000, os meios analógicos ainda guardavam cerca de 75% de toda a informação da Humanidade, mas em apenas sete anos, um suspiro em termos históricos, o cenário mudou completamente, com 94% da informação já em formatos digitais.
A capacidade da Humanidade de comunicar toda essa informação também deu um salto nas últimas décadas atingindo 2 quadrilhões de megabytes, destaca o estudo. Segundo os pesquisadores, as redes de telecomunicações bidirecionais (como internet e telefone) viram sua capacidade crescer a uma taxa média de 28% ao ano entre 1986 e 2007.
Mas, assim como a mudança entre armazenamento analógico e digital, o grande pulo aconteceu já neste século, com o crescimento do acesso à internet de banda larga e das redes de celulares levando a um aumento de 29 vezes neste fluxo, de 2,2 exabytes em 2000 para 65 exabytes em 2007.
Nada disso seria possível, no entanto, se os computadores não tivessem evoluído rapidamente neste período, complementam os pesquisadores. De acordo com eles, todos os computadores pessoais do mundo podem processar juntos aproximadamente 6,4 trilhões de Mips (sigla em inglês para milhões de instruções por segundo). Mas os consoles de videogames e celulares estão contribuindo cada vez mais para aumentar essa capacidade, que segundo os pesquisadores dobra a cada 18 meses.
Embora esses números pareçam enormes, Hilbert e López também procuraram contextualizá-los frente a outros da natureza. Segundo eles, a quantidade de cálculos que todos os computadores do mundo podem fazer está no mesmo nível da de impulsos nervosos executados pelo cérebro humano em um segundo, enquanto toda a informação acumulada ainda é menor do que a codificada no DNA de um ser humano adulto, da ordem de 10 quintilhões de bytes, ou 10 zettabytes.

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